O aeroporto é sem dúvida um ambiente que deve ser considerado no mínimo singular,e,apesar da minha visão de aeroviário repleta de vícios, pude
perceber que olhando talvez sob perspectiva considerada artística, o
aeroporto se tornou um lugar convidativo e revelador em todas as suas
nuances.
Muito mais do que luzes artificiais brilhando sobre estruturas metálicas,
corredores intermináveis,aeronaves barulhentas e salas de espera muitas
vezes torturantes tanto para quem viaja quanto para quem trabalha, o “Dois
de Julho”(como ainda insisto em chamar) não é apenas “sinônimo de
estresse” (como é repetido pelos trabalhadores de lá) e,se bem explorado
pode nos oferecer momentos de puro deleite.A começar poderia destacar a
entrada principal marcada por um longo caminho de bambus, o “bambuzal”,
que lembra
um típico bosque chinês.
Projetando sombras por todos os lados, ao
entrarmos, é possível sentir uma sensação de paz (mesmo que momentânea
para
alguns) e isolamento(no bom sentido) dos problemas do mundo exterior.
A imagem do pôr do sol ou o nascer dele entre as árvores é inigualável e se
pudesse fotografar colorido com certeza estariam no meu ensaio. O recorte do pneu de avião,a foto da entrada do finger, e a fila de carrinhos de bagagem que parecia interminável são uma das imagens
escolhidas para a exibição.
Gabriel Siqueira
2005.2