Atitudes de espírito ou práticas mágico-religiosas baseadas na crença de que certos atos, palavras, números ou objetos trazem felicidade ou azar, as superstições participam da própria essência intelectual do homem e existe desde sempre, em todo o mundo. As mudanças no estilo de vida, o domínio da máquina, toda a industrialização e tecnologia não apagaram a presença inevitável dessas crenças, algumas até se adaptando às necessidades modernas.
Subordinados à mecânica do hábito, realizamos superstições sem nem percebermos; algumas se tornam instintivas. Seriam elas reais, de eficácia comprovada ou simples presságios infundados que tiramos de acidentes ou circunstâncias meramente fortuitos?
À primeira vista elas não fazem sentido. O que justifica que eu vá ter sorte se pular sete ondas na virada do ano? Ou que eu tenha azar se levantar da cama com o pé esquerdo num dia importante? Como, então, explicar essa crença no inexplicável?
Fernanda Caldas

José Antonio de Carvalho
2006.1