Um dos grandes temores humanos situa-se na sua essência: o nosso fim. Apesar de tão vivida, a humanidade não consegue lidar pacificamente com a idéia de sua finitude. Desde que nascemos, temos que lidar com o fato de que um dia deixaremos de existir — ao menos, materialmente. Esta é a única grande certeza da vida, mas não a conhecemos completamente…
Certeza tão incerta, ela nos consome. A morte nos zera e nos coloca de volta ao começo. Numa fração de segundo, chance e infortúnio, querer e fatalidade. Há os que a decidem encarar de peito aberto, criando coragem para um último ato de covardia; há os que a evitam a todo o custo, na fuga do desconhecido. Não importa quem seja, leva-se o mesmo fim, fim este de muitas outras “vidas” que morrem com aquele que vai.
Ana Paula Rosas

Laís Santana
2006.1
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