O tempo passa, as civilizações se transformam e evoluem, mas duas coisas permanecerão imutáveis na história dos homens: o caráter finito de tudo que os cercam, bem como de suas próprias existências; as imperfeições inerentes a cada ser humano, refletidas em muitos de seus atos.
Contudo, a fugacidade das coisas se constitui como tema recorrente do pensamento e das questões humanas, por se deparar o homem com as maiores frustrações inerentes a sua própria existência: a não aceitação, a incapacidade de previsão do futuro; a deterioração de sua espécie e de tudo por ela produzida; e a decorrente consciência de que, portanto, não possui poderes sobrenaturais.
Baseado nisso e inspirado na música “Nem tudo funciona de verdade”, o nosso trabalho busca extrair deste título-tema as mais diversas interpretações, desde a onipresente atuação temporal sobre todos os seres e os objetos, até questões referentes às imperfeições humanas, como a má administração do sistema e a suscetibilidade aos erros.
Juliana Montanha

Verônica Valois
2006.1
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