O ambiente é um tanto sombrio. A presença da morte nos remete à saudade e ao medo. Quando nos é exigida uma idéia para a palavra cemitério, pensamos logo na dor da perda. Não á toa, a arte dos túmulos serve tão somente para reforçar esses sentimentos.
Nesse sentido, o Campo Santo, um dos cemitérios mais tradicionais de Salvador, é diferente. Além de funerais, lágrimas e tristeza, fazem parte da rotina do cemitério constantes visitas de estudantes, arquitetos, pesquisadores, historiadores e turistas, que são atraídos pela beleza dos mausoléus ornamentados por estátuas e esculturas.
Tomando como base a beleza visual do Campo Santo, este ensaio propõe-se a mostrar um outro olhar do cemitério, deixando em segundo plano o tema da morte e exaltando a criatividade artística das obras. As fotos retratam imagens que compõem uma espécie de museu dedicado à transição entre a vida e a morte e procuram trazer a reflexão sobre a relação do homem com essa passagem.
Beatriz Garcia
Michele Pinheiro
2006.2