Todo mundo procrastina. Procrastinar – deixar coisas para depois – é uma tendência comum à maioria dos humanos. É quase impossível encontrar alguém que nunca tenha protelado a realização de uma tarefa: arrumar o quarto, lavar os pratos, tomar banho, pagar uma conta, estudar para uma prova, escolher o tema para um projeto de fotografia,… a lista é interminável.
Em muitos casos, procrastinar não traz maiores prejuízos. Como, por exemplo, quando deixamos de arrumar a cama pela manhã, prometendo que a partir do dia seguinte faremos isso religiosamente, ou, quando garantimos que o regime começa na segunda-feira. Em outros casos, porém, o efeito da procrastinação pode ser assaz sério: deixar de pagar uma conta, à guisa de exemplo, resulta no mínimo em pagar juros. Deixar de enviar um relatório no prazo pode custar o emprego, protelar o estudo para uma prova pode custar todo um ano letivo.
Conseqüências à parte, este ensaio mostra ocasiões em que a maioria de nós – meros humanos mortais (aliás, a morte é algo que todos gostariam de protelar) – costumamos procrastinar. Se não quiser olhar agora, pode deixar para depois.
Luciana Rebouças
Neumar Rosário
2006.1