Principalmente nos três últimos dias do Carnaval de Salvador, as ruas, becos e praças que compõem o CIRCUITO OSMAR aglomeram uma multidão de pessoas, que, majoritariamente, saem de casa com um objetivo maior: a folia. Já no cotidiano dos que vivem na capital do axé, a região ganha múltiplos significados, embora os decibéis não sejam tão menores.
Existente desde os tempos da “fubica” de Dodô e Osmar, o Circuito é o mais antigo do carnaval e, até hoje, concentra os desfiles dos blocos mais tradicionais da história da “maior festa de rua do mundo”. Entre uma e outra folia de Momo, o que se observa é a correria de um lugar que reúne uma das maiores aglomerações de comércio (formal e informal) e serviços da cidade.
Todo o ensaio foi realizado com as intenções de avolumar o modo silencioso com o qual os símbolos da cultura carnavalesca estão internalizados no imaginário popular do povo baiano e de alegorizar as situações que remetem ao nosso carnaval, presenciadas na (a) normalidade da “Avenida”, quando quem passa ou trabalha por lá raramente se lembra da festa.
Pedro Soares
Thiago Kalu
2007.2