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As mais simples vontades podem ser interpretadas como sensações únicas. Desejar transcende a busca de regozijos com formas e “enchimentos” corporais. Isso é apenas um elemento do mundo vasto, ora mágico ora trágico, da onipotência dessa sensação observada no olhar, no toque, na saliva, no suor, no choro, no sorriso, no abraço, no cheiro, no cio, num gesto…

O Desejo, por razões inexplicáveis, pode ser comprável ou se tratar de alguma coisa almejada fora da percepção visual, como algo que, por alguma causa, já se perdeu; pode remeter a uma reles vontade de comer, ter, gozar (em todos os sentidos possíveis de interpretação); mas está sempre direcionado a uma fonte de satisfação: viver, morrer, se libertar, sorrir, chorar, refrescar, aquecer, defecar etc. Consciente, inconsciente ou reprimido, o Desejo é algo intrínseco a todos os seres vivos.

Nosso fim é significar Desejo com representações visuais inusitadas e metafóricas as quais poderão tanto conotar como revelar essa abstração, o que não implicará necessariamente apenas um querer humano. Desejar é inevitável, e resistir aos desejos é não ser, não ter, não possuir não poder. Nosso desejo foi atalhar o Desejo e fotografá-lo!

Miria Lima

Miria Lima

Rita de Cássia Barbosa

Rita de Cássia Barbosa

2007.2