O homem sempre desejou desenvolver uma forma eficaz de medir o tempo. Até conseguir aprimorar as técnicas para as que conhecemos hoje, ele utilizou a luz solar, a água e até o fogo, com o intuito do controle temporal. Apenas por volta do século XIII que os primeiros relógios mecânicos surgiram. Eram ainda inexatos e extremamente grandes e pesados, diferentemente dos de hoje, que são leves, portáteis e modernosos.
Aos poucos, as noções de tempo e do seu grande medidor, o relógio, passaram a se fixar de tal forma no imaginário humano que acabaram por orientar todos os aspectos da nossa vida. Seja na hora do almoço, na hora de trabalhar ou até mesmo nos momentos de lazer, a dependência do relógio chegou a tal ponto que imaginar uma vida sem ele se tornou impossível.
O desejo deste ensaio é mostrar que, com a desconstrução da imagem padrão do tempo, ainda é possível vê-lo impregnado em cada instante e em cada objeto da autoria humana, do momento em que acordamos à hora que dormimos. E, além disso, provar que o homem não deve ser escravo do tempo, e sim ser senhor dele.
Alessandra Assis
João Cappello
2007.2