Quando se pensa em Salvador, os aspectos mais marcantes aos quais nos remetemos em relação à sua cultura advêm da parcela majoritária da sua população: a negra. Vários artistas e intelectuais já retrataram essa realidade e suas características. Está nas pinturas de Carybé, nos livros de Jorge Amado; nas fotografias de Pierre Verger e, mais recentemente, Sérgio Guerra, enfim…

Queremos aqui, de forma irônica e inusitada, engendrar um trabalho de equivalência intencional à desses artistas. Entretanto, essa (re) afirmação da raça negra, da cor preta, do pigmento mesmo em si, se dará projetada no que há de mais avesso ou contrário a ele, ao seu antônimo: o branco. O branco nos papéis, nas atitudes, nas coisas, no mundo preto, na história e na cultura black.

“A versão branca da cidade negra” era a proposta básica do ensaio. Para tanto, a seqüência de sugestões visuais e paródias levantadas na gênese da idéia-chave do tema nos permitiu abrir outras portas e chegar a novas fantasias que, enfim, aqui estão postas: “Fotografias de humor, Amor, cor, música e outras besteiras; de crítica social, cultural, mas no final, uma brincadeira”.

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Eduardo Ross

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João Gabriel Galdea

2007.1