A sombra, por um momento, torna-nos semelhantes. Não há aquela que sirva para distinguir o pobre do rico, traços faciais, trejeitos, religião ou tudo o que se converta em separação. Ela, por si só, não diz nada. São as pessoas que dizem, imaginam, constroem a imagem daquilo que foi projetado – e às vezes amam, adoram (ou odeiam).

A sombra age como um “fiel escudeiro”, pois está sempre presente e é praticamente indissociável das pessoas ou objetos. Ela também possui certa espontaneidade, à medida que reproduz todos os movimentos e ações dos corpos. As sombras são como sentimentos: existem, mas não são palpáveis.

Ao falar de sombras, a dupla se propôs a discorrer sobre a representação daquilo que está além da realidade (ou como esta se apresenta de modo mais direto, no seu aspecto mais comum, sem a maquilagem da aparência conferida pelas pessoas – apenas formas e contrastes).

Jairo Santana

Jairo Santana

Tamires Nascimento

Tamires Nascimento

2007.2