Talentos ao vento, despercebidos diante de olhos apressados, quase fugitivos, encarcerados no seu mundo particular. É este o destino relegado aos artistas que alegram nossas ruas à espera de um único olhar, sedentos de compreensão e do gozo alegre de quem “sente” a sua arte.
Olhares múltiplos são focados aqui, por uma lente de vidro profissional que esconde olhos amadores e apreciadores, retratando corações com vontade de viver através de seu dom. Artistas na rua, que têm em seus dedos instrumentos mágicos desbravadores, que fazem da dança enfeitiçada a arte da roda. Artistas que fazem arte sem se mover, ao mesmo tempo em que movem o mundo através de um muro. Artistas que são em si uma arte, a arte da doce canção que é viver.
Bruna Rocha
Raíza Tourinho
2008.2