A intervenção de graffiti quebra a palidez do concreto armado e a monotonia do cotidiano urbano. É na “tela” que o artista se revela e deixa fluir sua imaginação. O tom acinzentado das construções cede espaço para o turbilhão de cores, figuras e formas; e confere ao ambiente um caráter mais vivo, mais orgânico. Muitas vezes o aspecto lúdico encobre o desafio constante.

Assim, o grafiteiro inicia um diálogo com pessoas passando ou apenas admirando, absorta em seus pensamentos. Os graffitis insistem em preservar um sentimento e provocar o observador – é o diálogo urbano que se estabelece tacitamente e sem resistência.

Sendo uma Arte urbana, o graffiti é como uma obra inacabada: uma imagem que, dependendo das circunstâncias, muda, seja com a luz do sol ou com a chuva, ou seja com outros graffitis interagindo – ele pode ser sempre alterado, modificado ou destruído. Graffiti não é um simples desenho. É criatividade. É diálogo. É Arte.

Bruno Cavalcante

Bruno Cavalcante

Widukind Zenker

Widukind Zenker

2008.1