Ela tem nome de mulher guerreira. Mas em meio às líricas românticas de seus 18 anos, Iracema só pensava em se casar. Triste Iracema, fora largada no altar. Quem pensou que essa manauara fosse ficar nas quaresmas de ismênia se enganou. Com a proteção de Nossa Senhora das Fêmeas, Iracema clamou: “que venha dentro de mim uma nova mulher com todas as malícias e segredos que eu não souber”. E seu caminho se refez.
As feridas ainda estavam frescas, mas uma nova literatura pedia passagem. A ingênua donzela transformara-se em uma Mulher: sensual, fria, determinada, insana e, por instinto, decidida. Ah, quantos Wandos, Caetanos e Vinícuis tentaram ser o convexo dessa mulher. Mas em vão. O que Iracema sempre quis foi um outro côncavo.
Iracema é assim. Como qualquer mulher. Simples e complexa. Não tente interpretar seus devaneios e mistérios, apenas os aceite. “O que faz ela ser quase um segredo é ser ela assim tão transparente”. Iracema é fera, bicho, anjo e mulher. Afinal, o que é a mulher senão um mosaico de personalidades.