O livro nos acompanha desde os primeiros passos. Quando nascemos, este configura-se como um dos nossos primeiros presentes e, através dele, descobrimos de forma gradativa um mundo completamente novo. Então, como não admitir que através do livro abre-se a primeira porta em direção à fantasia, à imaginação? Inegável é este fato.
É inegável também que, com o passar do tempo, novas conexões são estabelecidas e esta interação entre homem e objeto adquire novas características não apenas por intermédio da leitura. Um livro pode ser o que você quiser: uma metáfora de consumo, uma abstração e ressignificação da realidade, uma fuga do cartesiano. Pode ser um amuleto – uma proteção.
O livro, aqui, passa a ser observado de uma forma não convencional – ele, por si só, não representa o foco deste ensaio. A atenção deve voltar-se para as microrrelações, literárias e/ou acadêmicas e/ou qualquer outra do seu desejo, desenvolvidas no cotidiano. Relações as quais, em diversas circunstâncias, são capazes de apresentar aos seres humanos novos universos, cada um com a sua especificidade.