O cotidiano revela os diferentes artifícios encontrados pelo ser humano para que, de alguma maneira, ele consiga se aproximar do inatingível, ultrapassando seus limites e desafiando a gravidade. A descoberta não sacia a vontade de buscar novos caminhos e possibilidades de provar que nada é incapaz de ser alcançado. O pulo, o salto, a imaginação são provas de que, por si só, o homem consegue atingir o céu ou o mar – ou aquilo que estiver entre eles.
O “click” da câmera dá ao fotógrafo o poder de eternizar momentos decisivos de pessoas que não se contentam em viver com os pés no chão. Registra até onde o homem conseguiu chegar, mesmo que numa fração de segundos ele venha cair ao chão. Congelar cenas banais permite olhar o corriqueiro e enxergar o mágico.
A leveza passada nesses instantes mostra que o ar também é um lugar para os homens e não só para pássaros e aviões. Gravidade? Nada é mais grave do que abster-se de seus desejos e apenas existir, ao invés de viver: desafiando a gravidade.