A vida de um simples funcionário da limpeza que convive dia a dia conosco, mas pouco é notado pela maioria.

Todos os dias de segunda a sexta Claudio cumpre suas oito horas de trabalho em nosso ambiente em comum, a FACOM, onde varre, limpa, passa pano entre outras obrigações que Claudio cumpre sempre com competência. Sem esquecer que ele ainda arruma tempo para fazer um café delicioso para os colegas de trabalho, para os demais funcionários, para estudantes e professores.

E o mais impressionante é que após suas oito “horas obrigatórias” Claudio encara as suas “horas optativas”. Esta metáfora é para comparar o colega funcionário à vida estudantil, ao sair da FACOM ele inicia uma nova atividade.

Claudio é um dos mais de mil baleiros que de ônibus em ônibus vão vendendo suas guloseimas, chicletes e tentações que se tornam o passatempo da viajem, nos coletivos de Salvador

Morador do subúrbio, ele acorda ás quatro da manhã, pega dois ônibus lotados (é claro) e já vem fazendo seu mercado informal. Nos últimos anos os baleiros inflaram o mercado informal da cidade sendo hoje o subemprego que mais “contrata” na capital baiana, existe um sindicato que regulariza a profissão, mas ainda existem muitos baleiros clandestinos. Isso seria muito bom se não fosse a desorganização gerada pela falta de controle, Claudio é legalizado.

Por fim, após vários ônibus, ele retorna para casa do outro lado da cidade. Cansado, talvez! Faminto, quase sempre! Mas “com a sensação de dever cumprido” nas palavras dele mesmo. É motivo de orgulho para sua família e exemplo para muitos que se queixam da vida sem saber o quanto é difícil o dia a dia de um correria.

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Elton Andrade

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Rodrigo Machado