Quem olha esse corpinho não pode supor que as pin ups têm algo em torno de 150 aninhos – sua primeira aparição data-se lá pro final do século XIX, quando não passavam de ilustrações em calendários pendurados (do inglês, pin up) aqui e ali nos Estados Unidos.

Ganhando os corpos de marinheiros saudosos como outdoor gratuito, apareciam sempre aliando um erotismo implícito com um ar de ingenuidade e feminilidade muito bem impressos por sua expressão de ‘não fiz por querer’ ou ainda pelo ferro de passar, pelo paninho com o qual ela limpava o chão, pelo fogão cheinho de panelas e o que mais lhe der uma idéia de Amélia com o plus da vaidade.

Lá pelos idos de 1950, com o fim dos anos de guerra e racionamento de tecidos, a mulher americana torna-se mais feminina; com uma cinturinha bem marcada, saltos altos, maquiagem realçando a intensidade dos lábios, olhos e palidez de uma pele perfeita.

É neste cenário de glamour que se dá um dos casamentos mais lucrativos de que se tem noticia: o cinema em seus anos áureos e a imagem das pin ups – este enlace foi para elas como o encontro de Pinocchio com a Fada Azul, foi o que lhe fez ganhar vida, ganhar o mundo. Com sua imagem intimamente relacionada às mulheres mais bonitas da época, como Marilyn Monroe e Kim Novak, as pin ups passam a ditar moda.

Propomos, então, um revive deste triângulo amoroso com um encontro da moda feita hoje, com o cinema de antes e as formas atemporais das pin ups – tudo, é claro, bem aos moldes do nosso século, nas nossas praças, com as cores e um toque quente bem à moda da Bahia. Delicie-se.

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Raisa Andrade

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Mayara Azevedo