Pensar liberdade conduz à confusão entre múltiplos pensamentos e interpretações quase sempre difusas. É na subjetividade que residem os elementos essenciais para retratar as pequenas nuances detectadas no nosso cotidiano, e esses se fazem presentes de forma simbólica nos olhos, dúvidas, mãos, expressões e cores.
Restrição, pudor e mobilidade são elementos que constituem a nós e às nossas convenções, bem como faz parte do ser superá-las a todo instante, ou pelo menos tentar. Tratar de liberdade é como estar perdido em uma imensidão de sentidos, mas pensar em estar privado da mesma coloca a palavra em nossas mãos e torna possível tocá-la e pensar em não deixar escapar.
Sob regime de normalização disciplinar, exercido em parte com o consentimento do corpo social, a perspectiva tomada é a da extrapolação de tais consentimentos e a partir daí se pode pensar até que ponto a satisfação das necessidades da vida é ferida. O que seria liberdade então? É fato que cada um é responsável pela privação que sofre? A proposta não é chegar a conclusões imediatas, mas admitir que sua busca é fantástica.