A raiz de uma árvore quebrando o concreto da calçada que a envolve. Uma mãe em busca de seu filho desaparecido. Uma mulher pagando promessa. Um evangélico dialogando harmonicamente com um Hare Krishna. Uma moça com seus vícios. O cenário de um suicídio. Cenas desconexas, mas que possuem algo em comum: a resistência. Resistência propriamente dita, sua ruptura e até mesmo a sua perda.

A inspiração vem das letras de The Resistance, 5º álbum de estúdio da banda Muse, que aborda, de diversas maneiras, a resistência. Mas é válido pontuar que não nos atemos à visão da banda. No nosso ensaio, procuramos destoar de alguns usos comuns, dando enfoque aos que passam despercebidos aos nossos olhos.

Uma boa relação entre duas religiões opostas é a quebra de uma resistência mútua que se perdura há anos, por exemplo. Será que um dia essa resistência será completamente superada? Quanto de resistência deve existir nos sentimentos envolvidos na busca de um ente desaparecido? O que fazer quando a resistência do corpo à bebida e ao cigarro não é mais levada em consideração? E aquela moça, que se suicidou, quanto ela passou para simplesmente não resistir mais?

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Larissa d’Eça

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Laryne Nascimento