Neste ensaio fotográfico as emoções humanas e as suas extensões, complexidades, são contempladas nos ramos da arte circense. Nesta arte, o exagero e a ironia podem extravasar, dar vida, provocar risos e gargalhadas e penetrar no imaginário coletivo do espectador.
A arte de ser palhaço, ou clown, é rica e carregada de referências comportamentais e de sentimentos humanos. A careta, a surpresa, o desprezo, a ira, a bobeira, o desapontamento, a tristeza, a alegria, o cansaço e a vingança, todos eles provém de seres de todas as idades, gêneros e origens. Cada tipo de emoção pode ser reproduzida pelos palhaços a fim de se expressar dentro de um contexto e passar a mensagem desejada. Neste ensaio podemos perceber o exagero nas ações e reações, tudo é extremo, e inconstante. Uma palhaçada, provocação, gera briga, gera chute, careta, revanche, em seguida paz, alegria, fim. Tudo pode ser esquecido depois, todos podem voltar para casa, o palco volta a ser um espaço vazio, a vida volta a ser cotidiana, a graça se perde. Mas as lembranças que ficam, e os risos que foram, somam-se aos trocados recolhidos pelo chapéu como forma de retribuição aos artistas da emoção humana.