A construção e apropriação do paradigma estético e cultural eurocêntrico atribuíram ao uso dos turbantes um aspecto valorativo que se não é equivocado é no mínimo limitado: o de “exótico”. Relega o uso dos mesmos somente às manifestações folclóricas. A importância da apropriação dos turbantes no cotidiano ultrapassa as questões estéticas para ser reconhecido também como um ato político de auto afirmação da identidade negra. Valoriza a ancestralidade africana e a resistência aos padrões hegemônicos de beleza.
Ultimamente o turbante, enquanto simples acessório estético, foi adotado pelo universo da moda. Com grande frequência é visto sendo usado por homens, mulheres e crianças no seu dia a dia. Retratar a diversidade de cores, estilos e significados desse adorno que “faz a cabeça” de tantas pessoas cotidianamente constitui-se o objeto deste Ensaio Fotográfico.
Caroline Nascimento Araujo e Jorge Farias